“A saúde é o argumento para a ação climática”: Na COP29 o bem-estar humano assume o centro do palco no argumento para a ação climática

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um relatório que vincula as mudanças climáticas aos crescentes desafios de saúde, instando os governos a incorporar a saúde nas políticas climáticas como prioridade. Lançado antes da COP29, o relatório descreve como as mudanças climáticas estão causando doenças, sobrecarregando os sistemas de saúde e impactando desproporcionalmente as populações vulneráveis.

O relatório argumenta que abordar as mudanças climáticas pode gerar benefícios significativos para a saúde, enquadrando a saúde pública como uma medida de sucesso climático e um catalisador para a ação. O apelo da OMS ocorre em meio ao foco crescente na intersecção entre política climática e bem-estar humano, à medida que os governos revisitam seus compromissos climáticos sob o Acordo de Paris.

Uma crescente crise de saúde

As mudanças climáticas já estão alterando os padrões de doenças, piorando a qualidade do ar e amplificando os riscos de eventos climáticos extremos. O relatório cita dados que mostram um aumento em doenças relacionadas ao calor, doenças transmitidas por vetores e condições respiratórias globalmente. Grupos vulneráveis, particularmente em nações de baixa renda, enfrentam riscos compostos devido ao acesso limitado a cuidados de saúde e serviços básicos.

Cidades, que geram mais de 70% de emissões globais de gases de efeito estufa, são identificadas como áreas críticas para intervenção. Decisões de planejamento urbano podem mitigar riscos à saúde ao mesmo tempo em que abordam desafios climáticos. Isso inclui investimentos em transporte público, espaços verdes e energia limpa.

A saúde na vanguarda da política climática

A OMS pede uma mudança na forma como a ação climática é medida, defendendo que os resultados de saúde — como redução de hospitalizações devido à poluição do ar ou estresse por calor — sirvam como indicadores-chave. A organização também pede que os governos redirecionem os subsídios para combustíveis fósseis, que atualmente somam $7 trilhões anualmente, para financiar sistemas de saúde e iniciativas de energia renovável.

O relatório destaca os esforços contínuos para integrar a saúde às estratégias climáticas. Mais de 85 países se comprometeram a construir sistemas de saúde resilientes ao clima, mas o progresso varia muito, e as lacunas de financiamento continuam sendo um obstáculo significativo, particularmente nas regiões mais afetadas pelos impactos climáticos.

Implicações mais amplas

A ênfase da OMS na saúde reflete uma tendência crescente nas discussões climáticas globais. Declarações recentes do G7 e do G20 vincularam a ação climática aos resultados de saúde pública, e cidades em todo o mundo estão adotando estratégias que se alinham com esse foco duplo. Esses desenvolvimentos sugerem uma mudança em direção a abordagens mais abrangentes que abordem os desafios interconectados da saúde e da resiliência climática.

Ao enquadrar a saúde como central para a política climática, o relatório da OMS visa ampliar o escopo da ação climática global. A mensagem é clara: estratégias climáticas eficazes devem levar em conta seu impacto no bem-estar humano. À medida que a COP29 se desenrola, essa perspectiva pode moldar as discussões políticas, influenciando potencialmente os investimentos e a cooperação internacional em clima e saúde.

La Isla Network é uma organização sem fins lucrativos de pesquisa e consultoria em saúde ocupacional dedicada a acabar com doenças relacionadas ao calor entre trabalhadores e suas comunidades em todo o mundo. Desenvolvemos e implementamos protocolos de avaliação de proteção e gestão de trabalhadores baseados em dados para melhorar a resiliência das forças de trabalho e empresas ao estresse causado pelo calor. Nosso trabalho é apoiado pelos melhores pesquisadores, líderes da indústria e instituições governamentais e multilaterais como a OIT. Para obter mais informações, use nosso formulário de contato.

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